quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Entrevista com o vampiro


Terminei este livro no início do ano, demorei bastante para lê-lo, principalmente por causa da universidade... eu queria ser intelectual, mas a universidade não deixa!
Foi este livro que consagrou Anne Rice no mundo da literatura. Um livro muito interessante e digno de debates!
A história gira em torno do vampiro Louis, transformado por Lestat nos Estados Unidos- Nova Orleans por volta do século 18. Os personagens são muito complexos e você fica sem saber se ama ou odeia eles. Louis, no século 20, resolve contar toda a sua história para um jovem jornalista (por isso "Entrevista com o vampiro", dã).
Anne Rice conseguiu modernizar o vampiro sem perder o "fantástico", o "amaldiçoado", o "medonho"... diferente de garotinhas juvenis recém formadas que transformam vampiros em anjinhos cheios de purpurina. O vampiro é um ser amaldiçoado, das trevas, malévolo, chupador de sangue dos infernos e ela consegue passar essa imagem, principalmente através de Lestat.
Louis é um personagem complexo, um vampiro cheio de culpa, em dúvida se Deus o amaldiçoou e se Satã é seu pai. Ele tem um ar meio "emo", meio "viadinho", no entanto, no final do livro percebemos a sua transformação completa e é a história da perda de sua humanidade reminiscente que Louis conta para o jornalista.
O longa metragem de mesmo título é de uma adaptação louvável, inclusive o roteiro é da própria Anne Rice, e talvez por isso, o filme seja tão bom. Adaptar um livro para as telonas não é tão difícil, o problema é que a maioria dos roteiristas acabam metendo o bedelho no que não lhes dizem respeito: a história!
As atuações de Tom Cruise e Brad Pitt são muito boas, eles conseguem incorporar a essência dos personagens, principalmente Tom Cruise (que não é um ator tão bom assim, mas transforma Lestat no filho da puta que ele é - para um vampiro isso é um elogio).
Enfim, quem tem preguiça de ler pode ver o filme com tranquilidade, pois é muito fiel à história, no entanto, o livro é o único que pode revelar todos os detalhes desta fantástica narrativa!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Mais um ano chega ao fim... (e esse chavão outra vez)



O ano está acabando e mais uma vez a gente faz promessas que nunca vamos cumprir, mais uma vez a gente acredita que tudo pode mudar e que o próximo ano vai ser mil vezes melhor...
Uma bobagem... a mudança de um calendário não vai fazer a gente mais sortudo, mais rico, mais atraente, mais inteligente, menos preguiçoso... não sei pq a gente acredita nisso!
Algo que eu acho muito importante é a análise do ano que passou... pode não ter sido a maior das maravilhas (nunca foi, quem diz que foi está mentindo ou é muito bocó - uma análise abrange aspectos bons e ruins), mas trás intrínseco coisas que se tornam altamente importantes para a nossa vida daqui por diante. Meu lindo namorado, Michel; mais dois períodos concluídos com êxito; meu irmãozinho que acaba de vir ao mundo...
Merda acontece - como diriam os filósofos Hermes e Renato - mas toda merda nos ensina algo que precisávamos aprender (nem que seja aprender a limpar a própria bunda), nada pode ser tão ruim que não traga algum aprendizado. Todos erramos, somos humanos (fazer o q, né? Eu queria ser jupteriana, mas Deus não deixou...) e já que estamos fadados a fazer cagadas de vez em quando, que tal levantarmos a cabeça e tentarmos consertar o erro da melhor forma possível? Não é pra isso que serve a vida? Ficar remoendo o erro causa câncer! Se eu fosse remoer cada erro meu tava lascada! Eu erro até parada (às vezes me engasgo com saliva ou enfio o dedo no olho).
Enfim... não era isso que eu queria dizer... o que eu queria dizer mesmo era sobre não fazer promessas que nunca vão se cumprir, quebrar promessas é muito feio (não importa se a promessa é para você mesmo; promessa quebrada é promessa quebrada), então, nada de prometer perder 10 quilos, ou entrar no curso de japonês, fazer academia, estudar mais, fazer aula de canto, aprender tocar guitarra... isso não cola! Não precisa terminar o ano pra começar a fazer essas coisas... é possível emagrecer no meio de junho, garanto! Ou seja, o ano não precisa acabar para a gente pensar em fazer as coisas que deveríamos fazer TODOS os dias.
Então, para esse ano que começa eu desejo muita força de vontade para levantar da cama e mais serenidade pra evitar confusões desnecessárias. Em 2011 eu prometo: TENTAREI NÃO ENFIAR MAIS O DEDO NO MEU PRÓPRIO OLHO!

(eu acho que posso cumprir essa)




domingo, 14 de novembro de 2010

A Metamorfose

Acabei de terminar a leitura de "A metamorfose", de Kafka. É um daqueles livros que te deixa sem palavras... literalmente. Minha vontade era de ficar deitada, quieta, extasiada, apenas refletindo sobre esse livro de tão poucas páginas!
O livro retrata a história de Gregor Samsa, que acorda um dia, depois de um sono agitado, transformado numa enorme barata. É engraçado como Gregor não reflete e não se assusta sobre como ele se transformou num inseto; suas preocupações são apenas práticas - como se levantar da cama, como ir trabalhar...
A família de Gregor também não reflete sobre isso, apenas se preocupa em como será o sustento da casa - já que era Gregor, com seu trabalho de caixeiro-viajante, que suatentava a casa. Com o passar do tempo, todos arrumam emprego e também passam a alugar quartos do apartamento. Nesse momento eu me perguntei - Por que nunca fizeram isso antes? Por que o pai, que se dizia velho demais para trabalhar, num instante mudou de atitude e se transformou num senhor cheio de vigor e orgulhoso do seu emprego no banco? Era muito fácil deixar tudo nas costas do Gregor.
É uma leitura cruel, que te deixa sufocado de tantos sentimentos. A família passa a desprezar Gregor, a trancá-lo no quarto escuro... não se preocupam nem com a alimentação ( a irmã inicialmente limpava o quarto todos os dias e deixava alguma comida pra Gregor, mas logo se cansa disso e o deixa à mercê da poeira e da fome). O pior, é que Gregor entende tudo o que eles falam e passa a se sentir melancólico depois de tantas agressões verbais e físicas por causa de sua aparência. O pai simplesmente o deixa aleijado depois de jogar uma mação enorme nas costas de Gregor e lá ela fica cravada até o fim.
Depois de tanto desprezo, tanta fome, tanta dor ( física e moral) Gregor acaba falecendo e as únicas palavras do pai são: "Graças a Deus!" Então, a família tira o dia de folga e sai para - na minha concepção- comemorar.

Discutir esse livro poderia levar horas e horas, é incrível como um livro tão curtinho tem tanto a nos dizer...

FUI!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um monte de bobagens (o q importa eh a moral da história)


Terça foi dia de fazer prova prática... eu sei que é uma prova importante, mas eu também sei que prova nenhuma pode me medir. Se uma prova pode me medir, então eu sou muito pouco.
Eu tenho medinho porque esse é meu minúsculo universo (que deveria ampliar meus horizontes, mas na maioria das vezes me aliena) de acadêmica de enfermagem. Porém, ouvindo OPETH hoje eu tive uma epifania. Enquanto eu passava de ônibus pela margem do rio Sergipe, eu vi um quadro corriqueiro: dois barquinhos de madeira. Havia gente pescando... e então eu me lembrei que a vida é maior do que uma prova ou uma nota. Meu universinho deve se ampliar... a partir daí eu comecei a refletir, e pensei na frase inicial da postagem. Eu devo ser maior que isso.
Uma prova não me mede, não me define. Justamente por eu não me definir apenas como acadêmica de enfermagem. Eu sou ser pensante, capaz de fazer escolhas e em constante mudança. Sou ser capaz de aprender com meus erros e às vezes com os erros dos outros ( apesar de precisar errar dezenas de vezes antes de aprender o melhor caminho). Sim, eu sou acadêmica de enfermagem, mas amanhã pode ser de cinema.


Moral da história: OPETH causa epifanias.



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cidade de bosta. País de fossa.


Aracaju é uma merda. O Brasil é uma grande merda.

É ridículo como as coisas acontecem por aqui. A palavra é exatamente essa: ridículo. A começar pelos ônibus. O transporte público-privado de Aracaju é realmente uma porcaria. Uma porcaria hipócrita, diga-se de passagem. Façamos uma reflexão... algum de vocês já andaram num ônibus da linha Augusto Franco- Siqueira Campos caindo aos pedaços? Não? Por que será? Será que é porque é a linha mais usada pelos estudantes da Unit (a maior universidade particular do Estado? O cúmulo do capitalismo em Sergipe, mas é considerada uma instituição FILANTRÓPICA, isso mesmo que vocês leram, leitores, FILANTRÓPICA. E por isso não paga impostos... quanta hipocrisia!)... por que será que os ônibus que abrangem a região da UFS (Universidade Federal, de onde sai as grandes pesquisas e o berço de pensamento científico e tecnológico do Estado, onde existe um maior número de alunos) são tão precários? Precários, não... já não se pode mais chamar ônibus de 30 anos de uso de precários... seria eufemismo... Por que será que pagamos tão caro para andar em latas velhas? Em latas velhas que não suprem a demanda... Por que as linhas mais novas estão concentradas nos bairros mais ricos? Por que e nunca vi um Piabeta-DIA em reais condições de rodar? Porque o governo municipal ( e o estadual também) estão nos fazendo de palhaços. Isso mesmo, senhores, PALHAÇOS. Não usarei eufemismos. Não serei hipócrita.

Essa cidade é podre. Essa cidade e esse país... os ufanistas utópicos que me perdoem, mas está na hora de abrir os olhos e ver a merda de país que está sendo construído. A cidade de Aracaju é tão hipócrita que um juiz proibiu um evento como o Coverama (concurso de bandas cover de rock) de acontecer num espaço PRIVADO como o BNB com o argumento de barulho... mas shows de axé, pagode e tantas outras bostas podem fechar espaços PÚBLICOS como a PRAÇA DE EVENTOS DA ORLA DE ATALAIA, que fica a alguns METROS do BNB, sem nenhum problema... sabe por que? Porque o poder judiciário dessa cidade é tão hipócrita quanto o poder executivo!

Só nos resta o poder legislativo... deste eu não tenho o que reclamar... sabe por que? Porque ele simplesmente NÃO EXISTE. Quando foi a última vez que um assunto importante foi discutido na Câmara Legislativa? Acho que a última vez que eles se reuniram foi para decidir sobre a cobrança da taxa de estacionamento da Unit... quanta merda, meu Deus! Por que não discutem algo sério? Eles devem achar que Aracaju é uma cidade perfeita...

E como eu sempre digo, o macro é reflexo do micro... Aracaju é apenas mais uma cidade brasileira tão hipócrita e tão suja quanto o resto do país... Um país que recebe a glória de ser sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas e não trabalha para construir a infraestrutura necessária para tais eventos. O Brasil se preocupa em definir com quem ficará o dinheiro do Pré- Sal enqanto seu povo passa FOME. Um país que parece não ter poder legislativo porque nada anda. Nada se resolve... Um país que não parece ter poder judiciário porque não há justiça alguma... Um país que não parece ter poder executivo porque eu não vejo execução de porra nenhuma! Se é assim é melhor fazer desse país uma anarquia, porque de hipocrisia eu estou farta! E você também deveria estar!