domingo, 27 de dezembro de 2009

A volta para casa



Voltar para casa é mais difícil do que parece. Voltar para casa não deveria me causar esse sentimento de consciência pesada, ou muito menos a sensação de estar fazendo algo errado. A questão é que nesses exatos 13 dias que passei aqui em Campina Grande, eu não parei de desejar estar em casa por nem 1 minuto. Talvez por isso eu não tenha aproveitado tudo o que podia, nem dado toda a atenção que eu devia... acabou que estou me sentindo uma pessoa sem coração.

Eu não deveria estar me sentindo do jeito que estou... mas parece inevitável pensar nisso. Sinto como se tivesse perdido 13 dias das minhas férias, mas não deveria me sentir assim, já que passei 13 dias com meu pai, entendem o que eu estou tentando dizer?

Enfim... chego em Aracaju amanhã pela manhã... e com a sensação de não ter chegado em Campina Grande...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Direito de resposta para mim mesma















"Quando as luzes se apagarem
Esteja junto a mim
Quando o abismo estiver próximo demais
Esteja junto a mim

Quando tudo estiver perdido
E minhas mãos estiverem geladas
Quando eu quiser pular...
Esteja junto a mim

Esteja junto a mim quando eu jogar tudo no lixo
Esteja junto a mim me repreendendo e me abraçando
Esteja junto a mim mesmo calado
Permaneça junto a mim mesmo quando eu estiver louca
Porque depois de você eu já não sei mais de mim."

(fiz pensando no meu gatinho.... Michel ^^)
Era esse o poema que eu queria fazer!! E só consegui escrever qnd Michel me mandou pegar o papel do lixo... será o lixo uma fonte inspiradora?


E sabe porque eu insisto em escrever?

"Procure dentro de si
O verdadeiro motivo da sua respiração
Procure dentro de si
Aquilo que realmente importa
E lute! Arrisque!
Porque medo é diferente de falta de coragem."

E sabe qual a solução?

"E assim a paisagem se estende no horizonte...
Basta não ter pressa de chegar
Seguir o ritmo dos próprios passos
Ouvindo as batidas do coração
- Sem pressa! - dizia vovô
- Não é assim que se faz arte."

P.S Enfim... estou mais contente agora... eis um post em resposta ao meu outro post... porque nem sempre a primeira idéia é a que fica...
Vou escrever mais daqui pra frente... ou pelo menos, vou tentar

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Criatividade ou esculhambação??


Hoje eu recebi um grande incentivo para continuar escrevendo. Ultimamente eu tenho andado meio "fria", sem inspiração, sem sensibilidade... mas então alguém muito especial me disse que eu tenho talento. Eu me assustei com a novidade, e soube que ele está fazendo propaganda desse blog (*-*), então eu tenho que dar o melhor de mim, não é mesmo?


A pauta de hoje é sobre a tênue linha que separa o novo da ridicularização. Porque uma coisa é criar algo novo e outra é começar a avacalhar tudo sem conhecimento de causa. Foi o que aconteceu com um best seller sobre uma determinada história de vampiros (que eu não vou mecionar qual é, mas tenho certeza que vocês sabem). A questão é que nesse livro tudo que diz respeito aos vampiros destoa das lendas e de tudo o que nós sabemos sobre eles. Então eu chego naquele ponto de reflexão: a escritora criou algo totalmente novo ou avacalhou tudo?
Na minha opinião, a série dela é uma história de romance melecado (nada contra romances melecados) que tem como fundo o vampirismo. Só que a autora usa o vampirismo como obstáculo para o casal apaixonado (algo não muito original), coloca os vampiros de uma forma totalmente diferente daquela que conhecemos e ainda envolve lobisomens nessa suruba literária. A personagem principal desperta paixões em vampiros e lobisomens, os vampiros brilham como se fossem feitos de purpurina à luz do sol, e, o pior: vampiros frequentam a high school! Eu como apreciadora de histórias de vampiros fiquei boquiaberta com tudo isso.
Enfim, eu acho que a tênue linha, que já mencionei, fora ultrapassada por essa autora e que depois dessa série tudo que diz respeito a histórias vampíricas ficou meio debochada, e nunca mais esse tipo de literatura será a mesma.
Só mais uma coisa: eu poderia definir essa série como aquele tipo de livro escrito por alguém que não sabe escrever para aqueles leitores que não sabem ler. Pergunto-me em que tipo de pesquisa ela se baseou para escrever tamanha abobrinha...


P.S. Beijos, Michel, meu gatinho lindo! *--* Obrigada pela propaganda!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Amizade por conveniência??


É, eu tenho sido meio negligente com esse blog, eu assumo... mas o que eu tenho pra falar hoje é um assunto muito importante. É sobre amizade.

O que mais eu tenho visto no mundo é amizade por conveniência. Certo que nós humanos sempre procuramos o que mais nos convém, e somos egoístas, mas a amizade é algo sublime demais para entrar nesse círculo.

Ao refletir sobre o motivo do sentimento de amizade que nutrimos por alguém somente uma conclusão pode levar à certeza do sentimento verdadeiro. A amizade verdadeira é aquela sem motivo algum. Ou seja, se você gosta de alguém porque é engraçado, ou porque sempre te acompanha, essa é uma amizade por conveniência. A amizade verdadeira não encontra um bom motivo para o sentimento, porque diferentemente do amor a amizade não pode ser descrita.

O grande problema da amizade por conveniência é que muitas vezes aqueles que se consideram nossos amigos são quem nos leva para baixo e quem torce para que sempre dê tudo errado, apenas para que eles não se sintam inferiores. É como aquela música do Renato: "tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá..."

Um amigo de verdade perdoa seus defeitos, perdoa se você dirige mal ou se tem algumas paranóias de vez em quando. Um amigo de verdade te apoia em suas decisões rumo à conquista dos seus sonhos,e, principalmente, um amigo de verdade sabe te dividir com seus outros amigos. A amizade não condena, não sufoca e não estressa. Em resumo: existem amizades que são totalmente dispensáveis, porque conveniência não é um motivo muito sincero, e se não há sinceridade não há verdade, e se é pra ser de mentira é melhor não ser...



"O amor pode morrer na verdade, a amizade na mentira."(Abel Bonnard)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bad Luck

Hoje foi meu dia de azar (ou não). Eis que acordo às 5h da matina de uma segunda-feira e me preparo para a maldita aula de Didática aplicada à enfermagem. Faço tudo como de costume. Me atraso como de costume. E quando chego ao ponto de ônibus dou a "sorte" de conseguir alcançá-lo. Então começa meu dia.
E lá estou eu quieta no terminal, sentada, esperando o meu "Sanatório", quando eu sinto algo bater na minha cabeça. Era alguém muito preocupado com os outros que deixou a sacola na qual carregava instrumentos de construção civi (pedreragem), eu acho, bater em minha cabeça. - "Beleza."- eu pensei.
O Sanatório chega atrasado como sempre e eu me mantenho em meu caminho rumo ao Hospital Universitário. Cheguei às 7:15h. Não havia ninguém lá - "Pq eu insisto em me atrasar pouco?"-pensei. Abro as janelas. Ligo os ventiladores. Deito a cabeça e tiro um cochilo.
Após alguns minutos entorpecida em meus pensamentos sobre o final de semana (^^) eu peguei no sono. O cochilo durou uns 15 minutos... meus quinze minutos de paz.
Então o resto da turma começa a chegar. A professora entra na sala. Começa o inferno. Eu nunca neguei que a achava louca, estranha, e broca... mas dessa vez foi demais. Ela segurou a mim, e mais duas amigas minhas até 45 minutos depois de haver terminado a aula para escrever as referências de ums livros que ela havia levado (???). Eu barriei. Barriei mesmo. Eu disse que achava injusto porque a gente ainda precisava ir para a UFS e estávamos fazendo um trabalho q era para ter sido feito em aula e ela não havia dado essa incubência à gente. Era exploração demais fazer isso. Claro que eu disse com a maior educação possível, eu não sei ser mal educada. Mas me deu vontade de chorar - é que quando fico com raiva eu choro.
Enfim, a professora nos liberou, mas eu fui xingando ela até o ponto de ônibus. Eis que quando eu estou chegando no ponto o ônibus que eu queria estava acabando de sair - "Agora é que está ficando massa"- concluí epifanicamente.
Uma hora e meia depois eu chego na casa da minha avó. Tomo banho, engulo a comida e volto para pegar um ônibus para a UFS, mas quando eu já estava na esquina a sandália quebra. Me deu vontade de chorar de novo.Raiva.
Volto, pego outra sandália e recomeço meu caminho. Certa do atraso, eu peguei qualquer ônibus que me deixasse no terminal da Zona Oeste. Então me aparece uma senhora que queria chegar ao laboratório de anatomia. E eu com toda a educação a levo até o CCBS e mostro a sala. De lá tomo meu rumo até a didática 4, onde teria aula de imunologia (matéria que estou ferrada). Atrasada quase 45 minutos, chego à tão esperada sala de aula e descubro que a professora havia acabado de dar aula sobre o assunto do meu seminário de amanhã (seria azar?).
E sabe o que é mais engraçado? Quando eu, Daya e Cinthia estávamos saindo do HU (depois da aula de didática) havia uma escada junto a um poste, e eu, como não acredito e nem desacredito em nada, resolvi desviar meu caminho. Só que depois de um dia desses meus conceitos foram por água a baixo. Talvez se eu tivesse passado por baixo da escada...



(...) tivesse tido um apagão, um furação, um terremoto e a terra se abriria sobre meus pés...

(kkkkkkkkkkkkkk)
Eu me ferro, mas perder o bom humor é para os fracos!


P.S. Nesse momento estou gazeando aula de parasitologia. Resolvi parar de testar minha sorte. Apenas por hoje.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Por trás da matéria de parasitologia humana

Eu sou aquele tipo de pessoa que diz as coisas erradas um milhão de vezes quando só deveria dizer: você é o único. E até que eu perceba que devo pedir desculpas, uma catásfrofe já foi criada.
Eu sou aquele tipo de pessoa que se perde em sua própria busca, e quando chega ao final da linha não se lembra do que estava procurando. E até que eu perceba que devo voltar e recomeçar o caminho, um bom tempo já se perdeu.
Eu sou aquele tipo de pessoa que parece fazer as coisas certas, quando faz tudo errado o tempo todo, e o pior, com a melhor das intenções.

P.S. suponho que vcs tenham entendido a mensagem... tanto a do texto como a do título, perdoem-me, estou morrendo de preguiça de fazer uma reflexão decente. Outro dia eu faço uma postagem q valha a pena. Prometo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

by ASAO.

Estou aqui sem idéias para o blog, mas como não vou deixar meus fãs, que já são poucos, na mão... aí vai umas besteirinhas by ASAO:

O que me faz levantar da cama

Descobrir que te amo é tão sem sentido agora que o tempo passou, nós crescemos, a distância separou...
Descobrir que te amo não tem mais função. Não sei mais quem você é.
Descobrir que te amo parece um doce perfume tóxico.
Por que as coisas precisam ser tão complicadas? Se eu não sabia que te amava por que vim descobrir isso agora? Será que eu era tão imatura que não via o óbvio? Alguém uma vez me disse que o óbvio às vezes é novidade... hoje eu acredito...
Descobrir que te amo agora não vale a pena, você não lembra meu rosto, eu não lembro seu nome...
Descobrir que te amo parece palhaçada do destino...
Descobrir que te amo é o que me faz levantar da cama todos os dias, sem a certeza de te reencontrar, mas com o coração cheio de esperança; não importa se você vai estar casado, com filhos, bem sucedido, ou nem lembrar de mim, porque tudo que eu queria era dizer a você: Oi, você um dia foi meu sonho, eu te amo. Descobri isso ontem.

É um belo lixo... mas perdoem, eu tinha 16 anos quando escrevi. E antes que mais alguém me pergunte se estou sofrendo de dor de cotovelo por conta das coisas que escrevo no meu blog é melhor reler a primeira linha... eu tinha 16 quando escrevi.

Paisagem
O sol
O sal
O sul
O seu
Olho!

Até hoje somente uma pessoa interpretou essa poesia corretamente! Qualquer palpite é só deixar comentário que eu respondo!

Aí vai um pedaço de história que escrevi faz uns 2 anos, em folha de redação (era para escrever uma dissertação sobre o tema: pais controlam filhos por meio de telefone celular?), sabe o que eu escrevi? Aí vai:

Fez-se noite na cidade. Cissa estava angustiada. Como ela completaria sua missão? Além disso, aquele espartilho estava sufocando-a. Percebeu que a humanidade sempre fora idiota, em busca da beleza exterior enquanto o interior apodrecia.
Para completar sua angústia, no século XVIII a mulher não tinha direitos. Isso a irritava profundamente. Queria sair logo dali. Sorte que Charles estava ajudando-a. No início ele assustou-se com a maneira de ser dela, mas depois se acostumou.
Ela iria para o baile que teria na corte. Com toda a certeza a ladra estaria lá. O plano era simples: a prenderia e voltaria para o século XXI.
Cissa se preparou. Colocou o vestido que tinha modificado. Pôs um short por baixo e guardou umas algemas, a faca, o distintivo e a arma de choque (não me pergunte como ela fez isso). "Coitado do Charles"- pensou ela "Ele não sabe de nada, vai ficar mais confuso do que já está". Cissa riu. Faltava pouco agora.
Charles apareceu na cabana em que ela estava. Ela não poderia ir sozinha, seria horrível de acordo com os costumes da sociedade da época.
O baile estava bonito. Mas era estranho pra ela que gostava de boates.
Divertiu-se vendo os penteados gigantesco das mulheres. Ela apenas fizera um rabo de cavalo. E por isso todos a estavam olhando de forma estranha, mal sabiam eles que ela se divertia cada vez mais com essas atitudes.
Quando ela estava começando a gostar da festa, viu a ladra fugitiva. Foi ao seu encontro. A ladra saiu correndo. E ela foi atrás. Só que a ladra estava vestida como homem e o imenso vestido de Cissa a deixava em desvantagem.
Ela rasgou completamente a saia do vestido. Ficou somente de short em meio ao salão do palácio. Em meio a murmurros e xingamentos ela continou correndo o mais rápido que pôde. Charles correu atrás dela.
Correram o palácio inteiro e quando estavam no meio do jardim real, Cissa se jogou nas costas da fugitiva. As duas cairam. Foi soco e puxão de cabelo para todos os lados. Cissa deu um choque na ladra com a arma que carregava. O alvo estava rendido. Cissa algemou-a e deu voz de prisão: "Polícia do tempo. Considere-se presa." Mal acabara ela de pronunciar essas palavras e Charles a alcançara. Ela explicou em meias palavras tudo o que podia e pediu que guardasse segredo. E pela primeira vez tudo fez sentido na cabeça dele.
Cissa abriu o portal. Precisava ir. Só não sabia como deixaria ele ali, olhando-a com aqueles olhinhos castanhos. Tascou-lhe um beijo. Pediu desculpas. Ele riu e devolveu o beijo. Se entreolharam... a missão tinha acabado.
Alguns minutos depois ela estava na CT. A ladra fora presa. Seus amigos estavam esperando-a. A braçou a todos. Jorge entrgou um livro aberto numa página que mostrava "a louca do palácio" que tirou a roupa em meio a um baile real:

- Até no trabalho você cria confusão, né? - riu Jorge
- A humanidade sempre foi a mesma. E eu também sempre vou ser - repondeu Cissa brincando

Todos riram. Parece que ela sempre vai ser assim mesmo... e a humanidade também. Fim de mais um expediente na sala de controle temporal da Polícia do Tempo.


Bem, gostaram da minha dissertação?kkkkk.... claro que eu nunca entreguei ao professor... vou ficando por aqui... deixo vocês com a sensação de dever cumprido...

P.S. by ASAO era como eu assinava as coisas que eu escrevia há uns três anos atrás... chegou a virar apelido. Até hoje tem gente que me chama de Asao, Asaozinha.... enfim.... é a abreviação do meu nome completo. Só a título de curiosidade.

fui.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Se é trilogia são 3 filmes

Gente, cá estava eu, quieta na minha pesquisando sobre cinema (ninguém sabe que é meu tema preferido, neh?) quando me deparo com a notícia de que haverá um "Piratas do Caribe 4". Puts! Não era uma trilogia?
Esse é o grande mal do cinema moderno. As pessoas não sabem quando parar. Se é uma trilogia são 3 filmes, ponto final. Não há nada que reviver personagens que já tiveram seu enredo finalizado, ou inventar histórias sem noção só para ganhar dinheiro, isso é uma vergonha. O que acontece é que o último filme sempre pega carona no sucesso do primeiro e as pessoas sempre esperam algo mais... resultado: decepção.
Foi o que aconteceu com "Efeito Borboleta". O primeiro filme foi algo que eu realmente não imaginava... me levantei extasiada da cadeira. Então saiu o segundo filme... fui correndo assistir, lógico... uma porcaria! Eu realmente esperava muito mais por causa do conteúdo do primeiro. E "Jogos Mortais"? Vai sair o sexto, gente! Mas desde o terceiro que perdeu a graça! Afinal, o velho não morreu? Pelo amor de Deus!
Os produtores de cinema ainda não perceberam que é melhor ter uma história muito boa que acabou que continuá-la e transformar numa porcaria... isso é imperdoável. E eu que amo cinema me sinto frustrada.

P.S. No quarto filme da série, está confirmado Johnny Depp para o papel do Jack Sparrow... já a Keira Knightley está fora. A idéia dos produtores é deixar de fora o romantismo do casal Will Turner/ Elizabeth Swan da quarta sequência. Mas a atriz afirma que mesmo que a tendência não fosse essa, ela não estrelaria um quarto filme da série... diz ela que quer fazer coisas diferentes... a minha opinião? Ela pensa como eu... se é trilogia são 3 filmes, ponto final.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Crônicas de Adrinárnia


É incrível como no Brasil algumas pessoas perdem a oportunidade de ver um bom filme por preconceito ou desinformação... Crônicas de Nárnia, por exemplo, é um excelente livro e o filme é um dos poucos que não ficam muito para trás do livro do qual se originou.
A questão é que, infelizmente, ou não, os produtores de cinema dão uma linguagem infantil ao filme, para que ele seja acessível às crianças e isso acaba criando um certo preconceito no público mais velho, que conceitua esse tipo de filme como "filme para criança". Mas certos filmes e certos livros, como Crônicas de Nárnia, merecem uma interpretação mais profunda, para que se possa extrair toda a filosofia contida nas entrelinhas.
Nárnia não é somente um livro para crianças, mas além de tudo é um livro que se pode meditar sobre a metafísica, sobre dimensões paralelas e sobre o conceito de tempo. E também é uma chance de voltar a acreditar em magia, em honra, lealdade e coragem, já que muitas vezes esse mundo tão materialista nos força a esquecer valores que nós achávamos tão importantes quando éramos menores...
E diferentemente de outros livros menores (todo mundo sabe a qual série estou me referindo), os livros de Lewis nos incitam a ter gosto pela leitura e não nos deixam viciados num único tipo de magia, mas vai além e mexe com mitologia grega e nórdica misturada com uma pitada de conto de fadas.
Tudo que eu escrevi até agora foi para dizer que vale a pena ler livros que nos remontem à infância, pois eles nos revigoram os valores que realmente importam: honra, coragem, lealdade... tudo isso envolto numa maravilhosa atmosfera de magia e metafísica. Portanto, quando se sentir cansado e de saco cheio de tudo, vale a pena ler Crônicas de Nárnia e acreditar outra vez em feiticeiras, leões falantes e guarda-roupas.


P.S. Crônicas de Nárnia é uma série de 7 livros escritos pelo autor irlandês Clive Staples Lewis entre 1949 e 1954.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Historinha

Faz dois anos que eu escrevi um trecho de uma história e nunca dei continuidade, talvez por causa do meu problema em terminar algo, ou talvez por falta de inspiração mesmo. A questão é que fuçando agora em minhas coisas eu achei o pedaço de papel tão insignificante e quero dividi-lo com vocês.

"Ela estava chorando... aquilo estava corroendo-a por dentro, mas ele estava ali para salvá-la, como sempre com um sorriso na face e um abraço nos braços.
Ele abraçou-a profundamente, murmurou um 'não chore, as coisas vão dar certo, sempre dão'. Ela se perguntava o motivo de ele ser tão doce, mesmo quando ela era amarga. O coração dela começou a bater mais forte, talvez fosse a dúvida e a tristeza que a fariam ter um ataque cardíaco.
Ela recostou a cabeça no tórax dele. Ele enxugou suas lágrimas, acariciou seus cabelos. Ela estava distante, mergulhada em seus pensamentos. Suas mãos suavam e tremiam, talvez fosse o fim... ela teria um infarto.
Até que tudo se esclareceu... ele segurou o rosto dela com uma das mãos. Tomou de assalto os lábios dela e acariciou a nuca da garota enquanto beijava vagarosamente a boca dela, beijo pelo qual ele esperara uma eternidade... ou um pouco mais. No final daquela dança fantástica ele apenas sorriu, abraçou-a mais forte e murmurou outra vez 'não chore, eu te amo'."

E acabou... nunca mais escrevi nada e nunca dei nome aos personagens... talvez porque seja uma história meio "fubaia" mesmo... escrita em verso de página de matéria de caderno (matéria de matemática, diga-se de passagem)...

P.S. eu vou me esforçar pra postar algo decente da próxima vez.

Qualquer coisa

Encontro-me agora sem ter o que fazer (bem, não é bem assim... eu tenho um monte de coisas pra fazer, mas não estou querendo, eis a questão). Então vem um monte de idéias na minha cabeça e eu não consigo organizá-las corretamente, talvez por causa da síndrome do pensamento acelerado, ou talvez por causa da minha falta de organização inclusive no ambiente mental. E "minha mente nem sempre tão lúcida" começa a "viajar" em pequenas coisas...
E a minha "viagem" preferida é escrever... sobre qualquer coisa. E eis que minha maior decepção é quando o resultado final soa emo.

Estágios

Almas correm em busca de algo...
As coisas parecem mais complexas
Antigas lições nada significam

Busca inútil
Branca alvorada
Brumas espumantes

Coração fibrilando
Corpo definhando
Cérebro derretendo

Dois mais dois são quatro
Dependendo do ângulo que se vê
Detalhe... apenas detalhe

Escuridão na mente
Estágio cinco... agonizando
Este é o pior

Fantasmas ao teu lado
Figuras estranhas falam contigo
Força não há mais

Gosto de morte na boca
Hora esperada
Intentos frustrados de médicos frustrados
- "Já vou"...

sábado, 17 de outubro de 2009

Corações X Glória

Perdoem-me a falta de postagens... é que essa semana foi meio cheia e eu não estava me sentindo apta a escrever sobre qualquer coisa ( eu nunca estou) ...
A postagem de hoje é sobre seguir os coraçõezinhos. Você, leitor, deve estar se perguntando (what a hell?) que diabo são esses coraçõezinhos, mas calma já já eu chego lá.
Existem certos momentos em nossas vidas em que nos encontramos muito bem, tanto profissionalmente, quanto financeiramente e emocionalmente... a questão é que como eu já disse em outras postagens, a vida sempre gosta de complicar as coisas (acho que é pra dar mais emoção), e nos dá aquele famoso "soco no estômago"... parece inevitável. E eis que se é demitido, adoece, ou aparece alguém do nada e te faz ficar em dúvidas sobre teus sentimentos. Nesse momento entra o fator "siga os coraçõezinhos".
O que seriam os coraçõezinhos? Sabe aqueles desenhos animados em que quando um personagem se apaixona por outro saem coraçõezinhos que ficam pairando no ar? É exatamente isso.
Seguir os coraçõezinhos é esquecer qualquer outro fator externo e focar-se de onde estão brotando os coraçõezinhos que estamos sentindo, e segui-los, pois somente eles nos levarão à verdadeira causa de nossas motivações. Somente os coraçõezinhos nos levarão a quem estamos verdadeiramente apaixonados, ao emprego que verdadeiramente queremos, ou a vida que verdadeiramente almejamos.
Não é uma tarefa fácil, mas é uma tarefa que deve ser feita se queremos uma vida verdadeira. Seguir os coraçõezinhos é fundamental, apesar de às vezes nossos conceitos mudarem muito rápido e trocarmos paixão por glória. Nesse caso, siga seu cérebro mesmo. Só ele pode te mostrar onde a glória se esconde.
Eis que a vida pode se resumir a dois caminhos: o dos coraçõezinhos ou o caminho da glória. Infelizmente, somente em raríssimas exceções eles se sobrepõem. E fazer essa escolha é extremamente importante, já que, como diria o Sr. Myagi, se andar no meio da rua o carro vem e atropela.

sábado, 10 de outubro de 2009

Contos de fadas


Odeio contos de fadas. Odeio mesmo! Eles me mostram um mundo que não posso ter e me condicionaram a achar que existe um príncipe pra mim em algum lugar do planeta.

E o pior é que toda mulher é assim... toda mulher pensa em achar "o cara", mas aí se decepciona e vê que "o cara" é apenas um reflexo desses malditos contos de fadas! E que essas besteirinhas de mão na mão, e contar estrelas, e beijar na chuva só ficam bem no papel.

Mas talvez a maior decepção não seja nunca encontrar um homem que valha a pena, e sim, encontrar um que não valha nada...

Os homens deveriam respeitar os sentimentos das mulheres... eles não se importam com essas coisas, mas deveriam pelo menos olhar o nosso lado - condicionado devido aos contos de fadas e histórinhas românticas. Logo, decepcionar uma mulher não é apenas deixá-la triste, mas demolir um sonho.... o sonho de ser princesa.

E é por isso que eu digo que os contos de fadas são as piores histórias de se contar para uma garotinha... ela vai sempre achar que tudo será daquele jeito até se tocar que todas somos regras e a BELA é uma exceção.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lágrimas


Nesse exato momento, meu gato - Cartucho, está dormindo em meu colo... com jeito de querer me consolar a qualquer custo. E eu sinto que preciso ser consolada, só não sei muito bem o motivo da tristeza.
Aí a gente para e pensa: "Será que estou virando EMO? Tomara que seja só TPM mesmo." Mas eu tenho pra mim que o nome disso seja inspiração... como diz o título do livro: "Ostra feliz não faz pérola"... e infelizmente (ou não), as melhores linhas já escritas na história da humanidade foram emanadas do fundo de um sentimento análogo à tristeza. FATO.
Os seres humanos escrevem coisas perfeitas em meio à situações tristes... e embora, às vezes as obras nem tão boas façam mais sucesso, quem irá dizer que "Take on me" é mais perfeita que "Crying in the rain"??
Os humanos preferem drama, preferem lágrimas à situações cômicas...duvida? Dê uma olhada nos filmes que ganharam o Oscar nos últimos anos... o que dizer de "Titanic"? Ou de "Sociedade dos poetas mortos"?
O ser humano tem a necessidade de sentir-se humano de vez em quando e por isso recorre às artes, sejam elas escritas, pintadas, esculpidas... o homem precisa sentir aquele frio na barriga, aquela tristeza e aquele gosto salgadinho de lágrima na boca para lembrar-se que o que o faz humano é a sua capacidade de expressar seus sentimentos.
Portanto, da próxima vez que você se sentir triste não deixe seu gato o consolar... vá para o computador e escreva algo decente. Algo do tamanho de sua tristeza.


Stay on these roads

Existem sentimentos que eu não sei definir muito bem... tipo esse que eu sinto quando escuto "stay on these roads"... é como se minhas entranhas cantassem junto com o Morten... eu sei a tradução da música, mas juro que sinto outra coisa... não sei definir muito bem, como eu já disse.
Eu ouço essa música e sinto frio... na virada da bateria eu poderia gritar... é arte. é pura arte! E eu nunca mais tinha ouvido algo assim! Me faz querer dizer o tempo todo : "Captain, my capitain"!
Esse sentimento me mostra que o mundo é muito grande e a vida é muito curta... que há duas estradas a serem seguidas- uma te levará ao desbravamento do universo em você e a outra te mostrará o mundo... a vida é muito curta para conciliar as duas... então escolha uma estrada e permaneça nela (stay on these roads)... isso é uma das coisas que sinto...
Outra é que às vezes a gente é obrigada a fazer escolhas... escolhas entre uma determinada pessoa e um ideal... e que escolher o ideal não quer dizer que você não gosta dessa pessoa, mas que o ideal é seu plano de vida... então você sente que não pode dar o que aquela pessoa espera, e suplica para que ela não invente de vir com você, ou de tentar mudar seus planos... você pede para que ela apenas continue seu caminho... (stay on these roads)
(Existem sentimentos intrínsecos na arte musical, e esses sentimentos são difíceis de descrever, mesmo para quem descreve sentimentos o tempo todo...)
Outro sentimento que me remonta é aquele que sentimos quando voltamos a um lugar que conhecíamos muito bem, mas agora mostra-se desconhecido, irreconhecível, modificado pelo tempo... não é nostalgia... é outra coisa... indescritível... muito mais complexa (stay on these roads)...
Eu sei que é difícil permanecer numa estrada, mas o importante é não mudar muito... seguir a estrada do coração, da intuição, da cabeça... é difícil, mas o Morten nos dá aquela forcinha necessária: stay on these roads... stay on, my love... stay on...

P.S. quem não conhece vale a pena ouvir essa música. É do A-HA.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"História sem nome" - II


Então ele de repente foi transportado para uma igreja. Uma igreja antiga, com um ar familiar. A igreja estava decorada com rosas e lírios, ele adorava aquele perfume... Que o fazia lembrar-se de... Emily, sua namorada! Então ele a viu na igreja... Vestida de noiva... Ela estava esplêndida, mais linda do que nunca! Mas o que era aquilo? Ela estava se casando? Mas com quem? Ele correu em direção ao altar, segurou o braço do noivo e o virou para ver quem era... Seu coração acelerou e ele viu que Emily estava casando com... Ele! Ele estava assistindo seu próprio casamento. Sua mente embaralhou completamente, e então o cenário começou a mudar... A igreja decorada com rosas e lírios transformou-se repentinamente num cemitério... Fazia frio... Um frio congelante, e ao longe ele viu a si mesmo beijando sua noiva... Tentou chegar mais perto, mas a lama do cemitério dificultava a caminhada... Começou a chover... Realmente fazia muito frio... Ele não estava mais agüentando! Uma angústia caiu sobre ele, e quando finalmente ele conseguiu ver o que se passava... Não era um beijo, meu Deus! Era uma mordida! Ele estava sugando o sangue de sua noiva, do mesmo jeito que o velho sugara o dele. O jovem gritou, mas sua voz não saía, tentou correr, mas a lama não deixava... Então ele se ajoelhou e chorou... Foi quando epifanicamente ele percebeu um túmulo ao seu lado... Leu então o epitáfio – “se eu sobreviver você está ferrado”- e leu a lápide: “Victor Travis, amado filho e irmão levado precocemente de nós, 1777-1800”. Desesperadamente ele percebeu que não sobrevivera ao ataque noturno que sofrera e deixou-se cair em meio a toda aquela lama de cemitério, até que a terra se abriu e ele foi puxado em direção ao nada... O frio foi ficando pior – “eu imaginava que o inferno era quente”- pensou Victor. Ele sentiu-se caindo em direção ao nada... O fundo não chegava nunca...

- Victor! O que foi isso, meu filho? Victor, Victor... Fale com sua mãe! Oh, não... Meu filhinho! O que houve? Não, não pode ser verdade!

Ele estava escutando o choro de sua mãe sobre o seu corpo, mas ele não podia fazer nada... Ele estava caindo eternamente... E escutar o que se passava era torturante! “Eu estou aqui, mãe! Não chore” – Victor gritava, mas ninguém o ouvia! Aquela sensação de impotência era a pior que já sentira... Estava fazendo os outros sofrerem, estava fazendo as pessoas que ele amava sofrerem! Isso era horrível! Era doloroso demais! Ouvia os prantos de sua mãe, o silêncio de seu pai, ouvia as preces de sua irmã, mas o que mais doía era ouvir os gritos de Emily!

Nesse instante começou a chorar... Não agüentava mais! Preferia ser surdo!

Dia de semana

Ontem foi um dia interessante...
Depois de tudo, a oração:

-"Senhor Deus, muito obrigada pela cachaça de hoje
Algumas pessoas eu amo muito
Outras nem tanto
Mas foi maravilhoso ver todo mundo junto
E que amanhã eu tenha coragem de ir pra aula de farmaco
Amém"


Foi mal as linhas, mas fazer o que? Me deram uma tal de "licença poética"....

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Plano B


Às vezes a vida gosta de detonar nossos sonhos... chega a ser maquiavélico... Muitas vezes quando nos encontramos no auge de nossas doces fantasias infantis ela vem e nos dá um soco no estômago, talvez apenas para nos provar que manter os pés no chão é obrigatório. Mas existem aqueles que vivem brigando com a vida e insistem em sonhar, em querer voar... quem arriscará a dizer que eles não podem? Na maioria das vezes são aqueles persistentes, aqueles que nunca fazem plano B... são aqueles que estão sempre machucados de tanto levar socos... E quem poderá julgá-los? "Nunca diga a uma criança que sonhos são bobagens, seria uma tragédia se ela acreditasse nisso" (Shakespeare)... afinal, aqueles que lutam diariamente contra as porradas da vida são os que tem maior probabilidade de romper as correntes e voarem... E hoje eu me encontro um pouco triste... mas nada que eu não supere... é que odeio estar errada, e odeio ainda mais o cupido que sempre vem atrapalhar os meus planos, e, o pior de tudo é que eu nunca faço plano B. Ferrou. P.S. o pos scriptum de hj é não ter pos scriptum nenhum... meu estômago ainda está doendo devido ao soco que levei. Morte ao cupido!!