domingo, 20 de setembro de 2009

"Momento epifânico"


Interessante como o tempo passa e nós não percebemos o quanto mudamos com ele. Estava agora revirando meu diário. Eu comecei a escrevê-lo aos 15 anos e parei aos 18, quando passei no vestibular, ou seja, ele acompanhou a "fase crítica" da minha vida... antigamente eu escrevia muito... hoje em dia não sei o porque, mas não escrevo mais com tanta intensidade...
Então a gente se depara com a fragilidade da vida e com a força dos nossos sonhos. A gente vê que as músicas que gostávamos antes hoje soam tão "emo", e que algumas vezes reprimimos o que queremos e acabamos esquecendo aspectos importantes da nossa essência. A gente percebe que não era tão gordo ou feio como achava que era, ou que fazer parte do time de basquete não era tão importante como parecia.
Lógico que a gente percebe também que certas coisas nunca vão mudar... mesmo que o tempo passe... mesmo que a cor do cabelo mude, mesmo que os gostos musicais não sejam mais os mesmos. Do mesmo jeito que eu sempre gostei de escrever (apesar de muitas vezes esquecer isso), o Brasil sempre será o país do futuro (embora esse futuro nunca chegue).

Querem ver algo que eu escrevi?

"Você tem tudo o que os outros gostariam de ter
Mas você nunca deu valor a voz que vem te dizer
Que tudo o que você é eu consigo decifrar
E tudo o que você quer não passa de infantilidade
Vá além, mesmo que você se perca
Seja mais para que você se erga
E eu não sou trouxa
Não ficarei esperando que você aprenda
Eu vou além! Para que você se surpreenda."

ASAO.

Um poema um tanto imaturo do ponto de vista literário, mas não deixa de ser um espelho do que fui e do que ainda sou. Fico feliz ao olhar para trás e ver o quão empolgante a vida é... me levando por caminhos que eu nunca pensei que fosse passar e me deixando curiosa em relação às surpresas que ainda estão por vir... estou ansiosa por ler a história que está sendo escrita. :D

detalhes:
quando eu tinha 15 anos ouvia Green Day; queria ser advogada; achava que escreveria um livro e ganharia o Nobel da literatura; e estava crente de que a filosofia salvaria o mundo assim como o Capitão Planeta sempre dava conta do recado.

Um comentário:

  1. Realmente é incrivel como a cada dia descubro algo bonito e singelo que vem de vc,sempre fico encantada com a sutileza e simplicidade dos seus textos,poemas enfim,com tudo que é produzido por vossa pessoa.
    Sou suspeita,eu sei,kkkkkkkkkkkkk
    Mas,parabéns,muito bem escrito,com seguências literarias maravilhosas,agora me diz,porque desistir de escrever um livro ou de até mesmo ganhar o Nobel de literatura?
    Lindaa
    beijoss

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